Fatos Que Marcaram a Década de 2000 no Mundo

Fatos Que Marcaram a Década de 2000 no Mundo

Fatos Que Marcaram a Década de 2000 no MundoA década de 2000 é o período de tempo compreendido entre 2000 e 2009. É a primeira década do século XXI, que por sua vez é o primeiro século do terceiro milênio. Na política internacional, este período é marcado especificamente pelos conflitos militares entre os Estados Unidos e o Oriente Médio, a chamada Guerra ao Terrorismo, representados pela Guerra do Afeganistão e Guerra do Iraque e pelo apoio dos Estados Unidos a Israel na Segunda Guerra do Líbano e no conflito israelo-palestino. A região também foi marcada por conflitos internos, como a disputa entre Hamas e Fatah na Palestina, sunitas e xiitas no Iraque e Talebã e líderes tribais no Afeganistão.

Nesta década, a Internet se consolida como veículo de comunicação em massa e armazenagem de informações, principalmente após a fase da World Wide Web e a globalização da informação atinge um nível sem precedentes históricos. Nas artes, tendências ligadas a pós-modernidade continuam se manifestando na medida em que suportes como o happening, a instalação, o vídeo, a “arte digital” entre outros mantém-se na ordem do dia de Bienais e mostras internacionais, ainda que desde a década de 1980 os suportes tradicionais tenham sido revitalizados.

A década também é marcada pela expansão da telefonia fixa e o uso de celulares e pela chegada de várias operadoras e pela tecnologia VOIP (telefonia via internet, como o Skype). A tecnologia tem grande destaque como as tvs de plasma e os desktops de tela LCD, tornando as tvs e monitores CRT obsoletos. A chegada da TV digital, da internet banda larga, do aumento na compra de computadores; popularização de desktops e laptops em relação aos PCs também marcaram esta década.

 11 de setembro de 2001
Camicases islâmicos lançam dois aviões contra as torres do World Trade Center, em Nova York, e outro contra o Pentágono, em Washington. Um quarto aparelho onde passageiros se atracaram com os terroristas cai em uma área deserta da Pensilvânia. Estes ataques sem precedentes no território dos Estados Unidos matam 2.973 pessoas, além dos camicases. As Torres Gêmeas desabam poucas horas depois dos ataques, deixando a América em estado de choque. Os atentados são reivindicados pela rede Al-Qaeda de Osama bin Laden, baseada principalmente no Afeganistão dos talibãs.

Guerra contra o terror
Em resposta aos ataques, o governo do presidente George W. Bush lança sua “guerra contra o terror”. Antes do fim de 2001, o regime talibã é derrubado por uma coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos. Dez anos depois, 100.000 soldados estrangeiros permanecem no Afeganistão para apoiar o governo de Cabul contra os rebeldes talibãs, que ganharam força nos três últimos anos. Em 19 de março de 2003, o governo Bush invade o Iraque de Saddam Hussein com o apoio de alguns aliados, entre eles o Reino Unido. A ofensiva divide profundamente os ocidentais. Hoje, 100.000 militares americanos continuam mobilizados no Iraque. A “guerra contra o terror” é marcada por polêmicas como os maus-tratos infligidos a prisioneiros iraquianos na penitenciária de Abu Ghraib, perto de Bagdá, e a criação de uma prisão especial para “terroristas” na base americana de Guantánamo, em Cuba.

Tsunami
Em 26 de dezembro de 2004, um violento terremoto submarino ao largo da Indonésia provoca um tsunami gigante no Oceano Índico, com ondas de até 30 metros. A tragédia deixa 220.000 mortos, a grande maioria na Indonésia. Sri Lanka, Índia e Tailândia também são duramente atingidos. Trata-se de uma das piores catástrofes naturais do último século.

Terremoto na China
Em 12 de maio de 2008, a província de Sichuan, no sudoeste da China, é abalada por um terremoto de 7,9 graus na Escala Richter que deixa mais de 87.000 mortos e desaparecidos. Milhões de pessoas ficam desabrigadas.

Crise Ecônomica
A bancarrota do tradicional banco de negócios americano Lehman Brothers, em 15 de setembro de 2008, encerra de forma brutal o frenesi criado em torno das operações arriscadas no setor do crédito imobiliário americano (subprime). A quase falência de um símbolo do sistema bancário e as grandes dificuldades encontradas por outras instituições como a seguradora AIG deflagra uma crise financeira e econômica, a mais grave desde a de 1929. A crise revela os enormes ativos “podres” dos subprimes, difundidos em todo o mundo através do sistema financeiro. Eles provocam a despencada das bolsas, o bloqueio dos mercados de crédito, e obrigam os governos a resgatar o setor bancário com fundos públicos. Começa então uma forte recessão mundial que atinge a maioria dos países, com exceção de alguns emergentes como o Brasil ou a China. A crise ainda é marcada por escândalos como a gigantesca fraude – a maior da história de Wall Street – comandada pelo gestor de fundos Bernard Madoff, que fez perder mais de 20 bilhões de dólares a seus clientes e foi condenado a 150 anos de prisão, e os bônus extravagantes concedidos aos grandes banqueiros. Para 2010, os economistas preveem uma recuperação tímida.

Obama
Primeiro presidente negro dos Estados Unidos, eleito em 4 de novembro de 2008, Barack Obama assume o poder em meio a uma das piores crises econômicas da história. Ele consegue convencer o Senado a aprovar uma ampla reforma do sistema de saúde. Ele decide enviar mais 30.000 soldados ao Afeganistão e se retirar progressivamente do Iraque até 2011. O fechamento da prisão de Guantánamo, que prometeu durante a campanha, ainda não está finalizado, e apesar de uma intensa atividade diplomática americana, o processo de paz no Oriente Médio continua no impasse. Assim, muitos acreditam que a atribuição do Prêmio Nobel da Paz 2009 a Barack Obama talvez tenha acontecido cedo demais.

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