Mapa da Malária no Mundo

Mapa da Malária no Mundo

Mapa da Malária no Mundo A Malária é uma doença infecciosa e parasitária causada principalmente pelos protozoários Plasmodium vivax, Plasmodium malariae e Plasmodium falciparum e transmitida pela picada do mosquito Anopheles darlingi. Predomina em países tropicais, nos quais o plasmódio se multiplica com facilidade por causa do clima úmido. Em determinadas regiões da África, o microrganismo já se tornou resistente a alguns medicamentos empregados no tratamento, e o mosquito transmissor adaptou-se para viver na cidade - o que agrava a situação. No Brasil, 99% dos casos concentram-se na Amazônia. O crescimento, no Brasil, de 34% na incidência da doença em 1999 leva o governo a criar o Plano Nacional de Intensificação das Ações contra a Malária, cuja meta é reduzir o número de casos à metade nos dois anos seguintes. O programa duplica o número de postos de diagnóstico na região da Amazônia Legal, onde surgem praticamente todos os casos registrados. A instalação desses postos diminui para no máximo dois dias o diagnóstico da doença nas áreas indígenas, onde os casos de malária levavam até uma semana para ser confirmados. O Brasil é o país que apresenta os melhores resultados no combate à malária nos últimos anos, obtendo o reconhecimento da OMS. Com o programa, o número de casos registrados caiu de 637 mil em 1999 para 485 mil em 2011.

Transmissão - O inseto, ao picar uma pessoa com malária, adquire formas reprodutivas do plasmódio chamadas gametócitos, que, em seu tubo digestivo, acabam formando ovos. Esses ovos produzem as formas infectantes do plasmódio (esporozoítos). Ao picar outro indivíduo, o mosquito introduz os esporozoítos em seu organismo. Eles são levados pelo sangue para o fígado. Uma parte migra para as células vermelhas do sangue (hemácias), nas quais gera novos gametócitos, recomeçando o ciclo.

Sintomas - Os sintomas da infecção causada pelo Plasmodium falciparum surgem, em média, em 12 dias. Já os do Plasmodium vivax aparecem em 15 dias e os do Plasmodium malariae, em cerca de um mês. Alguns sinais são comuns a todos os tipos de malária, como febre, suor, dor de cabeça, náusea, falta de apetite, calafrios, anemia e febre alta. Nos casos graves (causados pelo Plasmodium falciparum), podem ocorrer convulsão, coma e até morte.

Prevenção - A forma mais eficaz de prevenção é combater o mosquito transmissor. Uma das dificuldades para isso é a mudança de hábitos do inseto. Segundo pesquisa da Universidade Federal do Maranhão, o mosquito Anopheles mudou de hábitos: não se aloja mais na parede das casas depois de picar as pessoas. Assim, escapa aos inseticidas.

Tratamento - A malária é uma doença curável, desde que diagnosticada a tempo e convenientemente tratada. Nas infecções originadas pelo Plasmodium vivax e pelo Plasmodium malariae é necessário acabar com os parasitas que ficam no fígado, para evitar que a doença reapareça. Para todos os tipos da doença são usadas drogas para combater os parasitas que atacam as hemácias, como a quinina e a cloroquinina. O problema é que o plasmódio tem criado resistência aos medicamentos tradicionais. Em 1999, pesquisadores americanos mapearam os 14 cromossomos do Plasmodium falciparum. Os cientistas esperam que, concluído o seqüenciamento dos cerca de 7.000 genes existentes nesses cromossomos, seja possível identificar o gene que conferiu a algumas linhagens do plasmódio a resistência às drogas ora em uso. Vacinas contra a moléstia ainda estão em pesquisa.

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