Como Se Preparar Para Ser Aprovado em Concursos Públicos
11 erros fatais na hora de estudar para concursos públicos
Confira a seguir alguns dos principais erros na hora de estudar, de acordo com cinco especialistas consultados:
1. Falta de estratégia
Imagine uma partida de voleibol. Sem organização e estratégia, a
vitória vira um fator de sorte ou depende de um lampejo de talento
individual. E isso não existe quando a “competição” é um concurso
público, afirma João Mendes, coordenador do curso Ênfase.
“Ninguém passa por sorte. Deve haver organização, disciplina, estudo estratégico do que mais cai em prova”, diz Mendes.
2. Estudar nervoso ou ansioso
“Nervosismo e ansiedade são inimigos silenciosos e cruéis”, diz o
professor João Mendes. Na hora da prova, estes sentimentos podem
desestabilizar dramaticamente o candidato.
E, no momento da preparação são os grandes vilões da concentração e comprometem toda a produtividade do concurseiro.
3. Não desvendar o estilo da banca
Cada banca examinadora tem seus “fantasmas”. Ignorar que existam
estilos e orientações diferentes entre elas é um erro, segundo João
Mendes.
“O concurseiro deve saber o que a banca mais cobra, o que mais gosta e onde normalmente coloca a casca de banana”, diz ele.
4. Exagerar na maratona de estudos
“A mente funciona como os músculos. Precisa de estímulos diários. Mas
não adianta tentar estudar todo o conteúdo programático de um concurso
em um só dia”, diz Gladstone Felippo, especialista em concursos.
De acordo com ele submeter-se a uma rotina exaustiva de estudos pode
deixar a pessoa tão cansada que, no dia seguinte, não conseguirá ler uma
só linha. “E esse cansaço poderá permanecer por dias”, diz Felippo.
5. Ignorar sinais do corpo de que é hora de parar
A perda de tempo é grande quando o estudante tenta ultrapassar seus
limites, forçando uma concentração que não é mais possível.
“Ultrapassar os limites pode causar desânimo e aquela sensação de estudar muito e não saber nada”, Felippo.
Segundo o especialista, o concurseiro deve ler até o momento em que a
mente ainda consegue absorver o conteúdo. “Na hora em que os olhos
começarem a passar direto pelas linhas, pare e recomece no dia
seguinte”, diz Felippo.
Uma dica interessante, segundo ele, é fazer uma pausa de 15 a 20
minutos a cada 1 hora de estudos. “Candidato que não descansa está
fadado a ser seu próprio algoz”, concorda Lilian Furtado, coordenadora
do site Gabarita Português.
Jargões como “dormir é para os fracos” ou “concurseiro não dorme” são,
na verdade, contraproducentes.“Uma boa noite de sono é fundamental para o
rendimento. Não há como o desempenho não ser afetado, se o concurseiro
está dormindo apenas quatro horas por dia”, diz Emerson Castelo Branco,
professor do curso online do site Agora Eu Passo.
6. Estudar com anotações de outras pessoas ou material inadequado
Apostilas e cadernos com anotações pessoais são muito particulares, na opinião de Felippo.
“A leitura de material com observações erradas podem conduzir a erro na
hora da prova, ou desestabilizar o candidato por achar que há algo
errado no que leu”, diz Felippo.
“É de suma importância ter materiais e aulas de qualidade, que estejam
de acordo com tudo o que vem acontecendo em relação à matéria e à forma
como a banca trabalha o assunto”, diz Lilian Furtado, coordenadora do
site Gabarita Português.
7. Dedicar-se a concursos de linhas diferentes ao mesmo tempo
Áreas fiscais, tribunais, carreiras policiais. Não é estratégico abraçar o mundo dos concursos públicos de uma só vez.
De acordo com Felippo, o risco corre é alto para o concurseiro que
“atira para todos os lados”. “Ele pode acabar sendo reprovado em todos
porque se desviou do planejamento”, diz.
“Candidato sem 'norte' é candidato perdido e, consequentemente, o
concurso será perdido”, diz Lilian Furtado, coordenadora do curso online
Gabarita Português.
8. Não “estudar” o edital
“Não ler o edital é o maior, e mais primário erro de qualquer pessoa
que queira se dedicar a uma carreira pública”, diz Sergio Camargo,
professor e advogado especializado em concursos.
9. Fugir do conteúdo programático do concurso
“Outro dia, presenciei uma aluna estudando História do Direito Penal
para determinado concurso. Perguntei-lhe porque estava estudando essa
matéria. Ela me respondeu que um professor disse que era muito
importante. Eu peguei o edital e expliquei que a matéria não estava no
edital. Dei-lhe uma bronca! Tempo vale ouro”, conta Emerson Castelo
Branco, professor do curso online Agora Eu Passo.
Ler mais do que o necessário, investir tempo em material complementar
recomendado pode significar perda de tempo precioso de estudo do
conteúdo programático previsto no edital. “Concentre-se no programa do
concurso” também recomenda Felippo.
10. Falta de equilíbrio entre as disciplinas
A medida do equilíbrio no estudo das diferentes disciplinas é a
preparação do concurseiro. Segundo Felippo, é melhor dedicar mais tempo
às matérias em que há menos domínio, e, não, o contrário.
“Estudar muito uma só matéria vai te fazer gabaritá-la, mas certamente
não irá classifica-lo. É preferível saber pouco de muito, a muito de
pouco”, diz o especialista.
11. Estudar na véspera do concurso
Recorrer a livros e apostilas faltando horas para o concurso gera mais
estresse do que aprendizado, segundo Sergio Camargo, professor e
advogado especializado em concursos.
“Véspera e dia de prova é para o candidato relaxar, ir ao cinema,
preparar-se mentalmente para a avaliação que está prestes a fazer, de
maneira serena”, recomenda o especialista.
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