Banco do Vaticano
Num gesto inédito em 125 anos, o Banco do Vaticano publicou hoje suas contas e finalmente revela o que tem em seus cofres. A instituição alvo de polêmicas e mesmo investigações por lavagem de dinheiro tomou a decisão de optar pela transparência depois que o papa Francisco assumiu o trono de Pedro e vem tentando adotar um novo estilo na Santa Sé.
O que o informe traz revela uma entidade marcada pelo sigilo. Mas, no
fundo, com um caráter tão financeiro quanto qualquer outro banco, ainda
que oficialmente se chame Instituto para Trabalhos Religiosos.
Segundo o informe financeiro, a receita do Banco aumentou em quatro
vezes em 2012 em comparação a 2011, chegando a um total de 86,6 milhões
de euros.
A instituição pode dar ao escritório do papa em 2012 lucros de 50
milhões de euros para que ele destinasse a caridade e outras obras.
O Banco admite que 2013 não será tão positivo quanto 2012, em parte
por conta do custo das reformas internas e por conta das taxas de juros.
Ainda assim, o informe revela segredos fascinantes, num mundo cercado
pelos muros do Vaticano. A Santa Sé mantém em seus cofres mais de 41
milhões de euros em moedas preciosas, ouro e metais.
O Vaticano ainda mantém um imobiliária e investimentos em
propriedades no valor de quase 2 milhões de euros. Em 2012, o Banco
ainda emprestou 25,8 milhões de euros e ganhou 12,2 milhões em taxas e
comissões por fornecer serviços financeiros.
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