Mitos da Idade Média

Mitos da Idade Média

Mitos da Idade Média

A Idade Média foi, no mínimo, uma era conturbada na Terra. No entanto, algumas versões equivocadas dos acontecimentos da época ainda se propagam. O site ListVerse uniu todos os mitos sobre a Idade Média em uma lista bastante completa, da qual trazemos aqui os pontos principais.

Terra plana no centro do universo
Uma das maiores surpresas ao pesquisar mais a fundo a história é descobrir que, ao contrário do que crescemos acreditando, naquela época as pessoas não acreditavam que a Terra era plana, muito menos que ela seria o centro do universo.

Muito antes de Galileu, Copérnico já havia quebrado essas teorias, sem ser punido por isso. Pesquisas mais recentes apontam que “não havia praticamente um estudioso cristão da Idade Média que não reconhecia a esfericidade do planeta. E alguns até mesmo conheciam o seu perímetro aproximado”.


A bíblia foi trancada, mas foi uma conspiração
Até que Gutenberg inventasse os equipamentos de reprodução tipográfica, durante grande parte da Idade Média, todos os livros eram escritos à mão. Com isso, o trabalho de reprodução era feito de forma árdua e os livros eram considerados extremamente valiosos.

Entre os diversos títulos reproduzidos por monges, estava a Bíblia. A fim de proteger as preciosas cópias, os livros foram trancados. Não houve, na verdade, uma enorme conspiração para que as pessoas lessem o livro, como muitos sugerem. A ideia era, na verdade, garantir que todos pudessem ouvir suas histórias, fazendo com que poucos tivessem acesso ao contato físico com os livros.

Também contrariando grande parte das histórias sobre a Idade Média, a ação de manter as bíblias trancadas não foi feita apenas pela Igreja Católica: a mais famosa “bíblia acorrentada” foi, na verdade, uma ideia de Henry VIII, que mandou que a cópia fosse feita e enviada à igreja protestante – que manteve o livro longe das mãos dos fiéis.

As pessoas não eram tão fedidas assim
Um dos mitos mais aceitos sobre a Idade Média é o de que as pessoas cheiravam muito mal, mas isso passa longe de ser a verdade. A ideia distorcida tomou proporções tão grandes que algumas pessoas passaram espalhar a ideia de que o incenso foi criado pela Igreja para disfarçar o cheiro de tantas pessoas em um só lugar.

Na verdade, o incenso sempre fez parte de rituais da igreja e teve suas origens em sacrifícios da religião judaica. Outro mito ainda maior que se juntou a esse seria o de que casamentos eram feitos preferencialmente em maio ou junho, pois, devido ao clima, nestes meses as pessoas não cheiravam tão mal. Isso também é mentira, afinal, os casamentos apenas não eram permitidos no período da quaresma.

Voltando ao mau cheiro, na verdade, quase todo mundo tomava banho todos os dias e, inclusive, ele foi incorporado a várias cerimonias e ritos diários. A higiene era, na verdade, bastante importante para a população de uma maneira geral – obviamente, existem exceções, mas isso acontece até hoje. Inclusive, na época, eles até mesmo esquentavam a água para os banhos em dias frios.

A pena de morte não era tão comum
Embora grande parte das pessoas acredite no contrário, a pena de morte era uma punição utilizada apenas em casos considerados extremamente graves para a época. Para que alguém recebesse a sentença, era preciso que ela fosse responsável por assassinatos, incêndios criminosos ou, acredite, a traição.

As decapitações não eram exatamente como vemos nos filmes: elas não aconteciam o tempo todo e poucas punições com a decapitação foram feitas em público. Na verdade, o caso mais comum de execução era a forca, e as fogueiras foram usadas poucas vezes, geralmente depois que o indivíduo já havia sido morto por enforcamento.

Os pobres não eram mantidos com fome
É claro que na Idade Média também havia diferenças sociais. No entanto, os mais pobres não ficavam sem alimentos. Os camponeses recebiam diariamente pães e uma porção de mingau, tudo acompanhado de cerveja. Além disso, eles também recebiam alguns pratos mais substanciais, dependendo da disponibilidade na época.

Entre eles, estavam carnes secas ou curadas, queijos, frutas e legumes. Além disso, patos, gansos e até mesmo pombos não eram incomuns na mesa dos camponeses. Alguns deles tinham até mesmo mel para acompanhar as refeições.

Enquanto isso, os ricos contavam com uma enorme variedade de cortes de gado e ovelhas, além de uma série de pratos condimentados. De qualquer forma, mesmo que os pobres não pudessem pagar pelo luxo, eles recebiam uma refeição considerada mais adequada do que muitos lanches de fast food atuais.

A violência não era generalizada
Uma das ideias erradas que se tem é que, ao longo da Idade Média, era bastante comum ver casos de violência e mortes. A verdade é que, como em qualquer época, aqueles tempos também tinham violência, no entanto, pesquisadores afirmam que nada ainda supera os feitos de Stalin e Hitler.

Historiadores modernos já assumiram que a Inquisição não foi tão sanguinolenta quanto aquilo que é mostrado em livros e filmes. Casos que vemos atualmente, como genocídio, assassinatos em série e assassinatos em massa, era algo praticamente inexistente na Idade das Trevas – tanto é que existem apenas dois casos conhecidos sobre assassinos em série durante toda a Idade Média.

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