Crianças Assassinas e os Crimes Que Chocaram o Mundo
O menino James Bulger
tinha apenas três anos de idade quando desapareceu de um centro de
compras em Liverpool, na Inglaterra, enquanto passeava com a mãe, Denise
Bulger (foto). O caso aconteceu em 1993 e poderia até ser uma história
corriqueira, já que muitas crianças podem se perder com facilidade em
ambientes como esse. Mas o corpo do menino foi encontrado dois dias
depois em uma ferrovia, a 4 km do local do desaparecimento. No total,
havia 42 ferimentos no corpo da criança, que estava partido ao meio, com
sinais de tortura e abuso sexual. Uma série de requintes de crueldade
agravou a situação: havia tinta nos olhos do menino e pilhas em sua
boca, que teriam sido introduzidas também em seu ânus. A morte veio com
golpes de tijolos e uma barra de ferro. O corpo foi colocado na linha do
trem e coberto com pedaços de madeira. A pergunta que assombrava a
todos na época era quem havia cometido tais atrocidades com a criança. A
surpresa veio com o relato de 38 testemunhas de que James foi visto
dentro do centro de compras com outros dois garotos mais velhos. A cena
foi confirmada pelas câmeras do local, que mostravam os meninos à
espreita da vítima e depois junto ao pequeno James. O outro era Robert
Thompson (foto), ambos com apenas dez anos. Os dois foram condenados
pelo assassinato do menino de três anos. Ambos foram colocados em
liberdade condicional em 2001 e ganharam novas identidades, além de
mudarem de endereço. Mas, em 2010, Jon Venables voltou a ser notícia ao
ser novamente condenado por possuir material de pornografia infantil.
O
caso de Mary Flora Bell é um dos mais conhecidos. Ela foi condenada aos
11 anos pela morte de dois meninos: Brian Howe, de três anos, e Martin
Brown, de quatro. O
primeiro crime aconteceu em maio de 1968, quando a garota asfixiou e
jogou o corpo de Martin Brown do segundo andar de uma casa abandonada.
Apenas dois meses depois, Brian Howe caiu em uma armadilha de Mary Bell
em um local onde crianças costumavam brincar, próximo a uma linha
ferroviária. O menino foi estrangulado e teve as coxas e os genitais
perfurados, além da letra M marcada na barrigaEntre um caso e outro, a
garota ainda tentou assassinar uma amiguinha, salva pelo pai no momento
em que era sufocada por Mary Bell. A condenação por homicídio
involuntário veio em dezembro de 1968, quando a menina foi diagnosticada
com sintomas de psicopatia. Internada em um centro psiquiátrico e sob
custódia, ela foi libertada aos 23 anos de idade e ganhou anonimato para
poder viver com o marido e a filha, que nasceu algum tempo depois. Sua
história deu origem ao livro Gritos no Vazio, no qual ela relata a
infância conturbada ao lado da mãe prostituta, que tentou matá-la ao
menos uma vez, entre outros abusos.
O
caso de Cristian Fernandez tem causado polêmica nos Estados Unidos,
pois o jovem de 13 anos está sendo julgado como adulto por ter matado
por espancamento seu meio-irmão de dois anos, além de ter estuprado um
outro meio-irmão, de cinco. Como explicar que uma criança de 12 anos
tenha feito isso? Assim
como em outros casos, o histórico familiar influenciou a vida do
menino. Sua mãe tinha apenas 12 anos quando ele nasceu, fruto de um
estupro. Desde a infância, o menino já estava acostumado a simular atos
sexuais, torturar e matar pequenos animais. O pai foi preso, e o
padrasto, que se suicidou em 2010, costumava bater em Cristian. A mãe,
assim como a avó, era usuária de drogas. Se
Cristian for condenado por homicídio doloso, poderá receber pena de
prisão perpétua, sem possibilidade de liberdade condicional.
O
assassinato de duas crianças chamou a atenção da cidade de Kobe, no
Japão, em 1997. Ayaka Yamashita, de dez anos, foi encontrada morta e, de
acordo com a polícia, foi atacada com uma barra de ferro. Passados
alguns dias, Jun Hase, de 11 anos, desapareceu, e sua cabeça foi
encontrada três dias depois. Dentro de sua boca, foi encontrado um
bilhete com mensagens desafiando a polícia e contando como era excitante
ver pessoas morrendo. Sua assinatura: Sakakibara Seito, um codinome. Outras
três meninas já haviam sido atacadas na mesma região e disseram que um
menino era responsável por esses episódios, causando alarme na polícia. A
situação piorou quando uma carta foi enviada a um jornal japonês,
contendo ainda mais ameaças. A
confirmação do relato de algumas vítimas veio com a prisão de um menino
de 14 anos, preso em sua própria casa, onde foram encontrados cadernos
com o registro dos crimes. Sem identidade revelada, o jovem foi
internado e recebeu tratamento psiquiátrico, sendo libertado em 2004,
aos 21 anos.
Uma
dupla de amigos com o hábito de perturbar as demais crianças fazendo
piadas desagradáveis: uma situação questionável, mas bastante comum. Não
passaria disso, se os dois garotos em questão não fossem os
responsáveis por um ataque a tiros em uma escola de Jonesboro, no Estado
do Arkansas, nos EUA, em 24 de março de 1998. Quatro crianças e uma
professora morreram Mitchell
Scott Johnson, de 13 anos, e seu amigo Andrew Douglas Golden (foto), de
11 anos, eram os típicos meninos que gostavam de causar polêmica entre
outras crianças — eles chegavam a dizer que eram membros de uma gangue
de Los Angeles. Mas Mitchell ia além, tendo recebido acusações de
molestar uma criança de três anos e de ameaçar uma outra de morte. O
menino chegava a dizer que tinha “muitas pessoas para matar”. Todos
esses fatos passaram despercebidos, até a chacina na escola trazer tudo à
tona. O
crime foi planejado: após roubarem um fuzil, duas espingardas
semiautomáticas e quatro pistolas da casa do avô de Andrew, os meninos
carregaram o porta-malas do carro da mãe de Mitchell com comida, sacos
de dormir e outros equipamentos para acampar. No dia seguinte, dirigiram
até a escola. Um deles ficou escondido, enquanto o outro ativou o
alarme de incêndio e voltou para o esconderijo. No momento em que
professores e alunos saíram desesperados, foram alvejados. Mitchell,
saiu da prisão em 2005 e Andrew em 2007, quando completaram 21 anos. O
primeiro foi preso novamente e condenado a 18 anos de prisão por porte
ilegal de armas e drogas e por usar um cartão de crédito roubado. Já
Andrew foi pego tentando comprar uma arma com nome falso.
George
Stinney ainda era um menor de idade quando, aos 14 anos, assassinou as
meninas Betty Binnicker e Maria Emma Thames, de 11 e 8 anos,
respectivamente. Mas o garoto foi julgado como um adulto, marcando
aquela que seria a pessoa mais jovem a ser legalmente executada nos
Estados Unidos durante o século passado. Em
1944, as meninas foram golpeadas com uma barra de ferro e tiveram
fraturas graves no crânio. Os corpos foram encontrados em um buraco
repleto de lama. George confessou que queria fazer sexo com Betty na
ocasião.
O menino Eric Smith
foi acusado de matar Derrick Robie, uma criança de quatro anos que foi
estrangulada, abusada com um bastão e teve pedras atiradas contra sua
cabeça. Durante interrogatório, Smith simplesmente não deu nenhuma
resposta esclarecedora e foi diagnosticado por um psiquiatra com
transtorno explosivo intermitente, quando uma pessoa é incapaz de
controlar sua raiva. O jovem foi detido e teve liberdade condicional
negada diversas vezes
Graham
Young tinha interesse por química quando criança. Algo normal e até
mesmo motivo de orgulho para qualquer pai, que poderia ver ali um bom
futuro para o filho. O que o menino mais gostava era estudar venenos de
animais e seus efeitos. Mas aos 14 anos, em 1961, ele começou a fazer experiências sórdidas. Sua
ação começou logo com a própria família, envenenando o pai, a irmã, a
madrasta e mãe dela. Young foi preso após um professor suspeitar dele e
chamar a polícia. Internado em uma clínica, o jovem não mudou seus hábitos: envenenou pessoas do hospital e colegas de cela, matando um deles. Solto aos 23 anos, ele voltou a envenenar outras pessoas. Em seguida foi preso, morrendo na cadeia.
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