Naufrágio do Costa Concordia na Itália

Naufrágio do Costa Concordia na Itália

Naufrágio do Costa Concordia na Itália
O Costa Concordia é um navio transatlântico com lotação para cerca de 4.890 pessoas (3.780 passageiros e 1.110 tripulantes) construído pelo Fincantieri - Cantieri Navali Italiani S.p.A., em Trieste . Operado pela companhia italiana Costa Cruzeiros, pertence ao grupo de navios da "Classe Concordia", destinado a cruzeiros. Naufragou parcialmente a 13 de janeiro de 2012, depois de ter embatido em rochas ao largo da Isola del Giglio (Ilha do Lírio).
Naufrágio do Costa Concordia na Itália

Naufrágio
Em 13 de janeiro de 2012, o navio de cruzeiros Costa Concordia abalroou rochas sub-aquáticas, devido ao seu calado, segundo relato do Imediato - do - comandante à mídia internacional, no dia do acidente, e Naufrágio na costa da Isola del Giglio, região da Toscana. O acidente causou pelo menos 12 mortos e 25 desaparecidos. " - Após um solavanco e um apagão (informava o Imediato - do - comandante a mídia Internacional), o comandante comunicou que havia uma avaria no gerador e que em breve a energia seria restabelecida; na sequência, foi dado a ordem de abandonar o navio, uma vez que o 'Comando - da - embarcação' estava na responsabilidade do Imediato - do - comandante; naquele momento. Uma vez que da inspeção do Imediato, observou-se que estava entrando água no navio". Segundo comunicado do armador, o navio bateu num banco de areia. Fotos indicam que embarcação também bateu em rochas, ficando um pedaço de pedra preso ao casco rompido do navio. O navio adenou a estibordo ficando dois terços dentro de água.

Naufrágio do Costa Concordia na Itália
Alguns sobreviventes relataram que a música My Heart Will Go On de Céline Dion, trilha sonora do filme Titanic, foi a última canção ouvida pelos passageiros do navio Costa Concordia quando ele afundou. O capitão Francesco Schettino foi suspenso pela Costa Cruzeiros e encontra-se em prisão domiciliar.

Na semana após o incidente, uma camiseta com a frase em italiano "Vada a bordo, cazzo" começou a ser vendida na internet, na esteira da repercussão do tenso telefonema entre o capitão do cruzeiro e a Capitania local.

Recuperação do navio
A recuperação do navio será a maior jamais tentada, caso se decida avançar com o processo. O Costa Concordia tem cerca do dobro da dimensão do Titanic e costado muito alto, mais alto do que o foi o Titanic, o que diminui a estabilidade da embarcação após o reparo naval em Estaleiro. Segundo os especialistas a primeira coisa a fazer após a retirada do combustível será reparar os rombos no casco e bombear a água entrada, para repor a estabilidade do navio e sustê-lo com alguma espécie de paliçada ou guindastes, para depois ser rebocada para uma doca seca, onde será decidido reparar a embarcação ou desmantelá-la em Estaleiro.

Costa Concordia será sepultado
Ainda persiste a busca pelos desaparecidos do naufrágio, mais de uma semana depois do Costa Concórdia ter sofrido um dos mais estranhos e despreparados acidentes da história marítima dos grandes cruzeiros. São cada vez menores as possibilidades de localização de sobreviventes. No sábado,, 21 de janeiro de 2012, mais uma vítima fatal foi localizada, uma mulher. Com a estabilização do navio, os trabalhos de procura dos mergulhadores foram reiniciados, depois de pequenas explosões que abriram novas brechas para incursões.

Autoridades italianas definiram que não existem indícios de vazamento do combustível. As pequenas manchas observadas ao redor da embarcação são de óleo do maquinário despedaçado do navio.

Em novo contato com a imprensa, o diretor da Costa Cruzeiros, Píer Luigi Foschi, 65 anos, voltou a reiterar os indícios de culpabilidade que a empresa está direcionando para o capitão Francesco Schettino, principal responsável pela cidade flutuante com mais de 4 mil pessoas a bordo. ‘O naufrágio foi resultado de uma rota de navegação não segura e que provocou o impacto e o rasgo muito grande. Já a evacuação foi muito complicada’, salientou o executivo.

O executivo esclareceu mais uma vez que tanto o código italiano de navegação, a legislação em vigor e as normas internacionais outorgam ao capitão o poder único de administrar o navio. É evidente que houve atrasos importantes na tomada de decisões e isto foi decisivo. Daí a suspensão de suas funções decidida pela Costa.

Schettino chegou à Costa Cruzeiros procedente de outra empresa, em 2002, quando era vice-capitão. Passou ao cargo principal quatro anos depois. A chamada ‘reverência turística’, aproximação da costa para uma saudação, foi mais uma vez colocada como iniciativa autônoma do oficial. E o que foi mais agravante: atuou de modo contrário ao que comunicou.

Quanto à simulação de naufrágio obrigatória por questões de segurança, Foschi esclareceu que as normas observadas obrigam a um exercício nas 24 horas seguintes ao embarque. Os únicos que não receberam nenhum tipo ou modelo de informação foram os 700 cruzeiristas que haviam embarcado poucas horas antes em Civitavecchia.

A primeira informação do acidente transmitida pelo navio – não sobre a sua gravidade – foi às 22h05 da sexta (13 de janeiro de 2012), quando o capitão informou ao diretor de operações da empresa que após esvaziar os porões afetados, o problema seria solucionado. Outra agravante posterior foi na hora da evacuação, que só teve duas das tres fases assinaladas. A primeira, um sinal destinado à tripulação como aviso, não foi executada. Portanto, ela não estava preparada, por mais uma falha de comando.

Em uma revelação importante, o principal executivo da armadora reafirmou que a Costa Cruzeiros vai absorver os danos econômicos, mas o Costa Concórdia encerrou sua carreira ali, não haverá recuperação. Depois de solução da questão do combustível, e das liberações administrativas, o navio será sepultado. Para ser lembrado, muito certamente, em milhares de histórias, livros, filmes, etc...

O acidente desta madrugada envolvendo um cruzeiro com mais de 4,2 mil pessoas a bordo na ilha italiana de Giglio trouxe à memória o desastre do "itanic, a mais emblemática tragédia marítima da história. Mais de 1,5 mil pessoas morreram no naufrágio do luxuoso transatlântico britânico que colidiu no dia 15 de abril de 1912 contra um iceberg em frente à ilha de Terra Nova, no Atlântico Norte.

O acidente mais grave da história da navegação comercial ocorreu em 20 de dezembro de 1987 no litoral da ilha filipina de Leyte, quando o choque entre a embarcação Doña Paz e um petroleiro causou a morte de ao menos 4,3 mil pessoas. A maior catástrofe naval ocorrida na Europa desde o fim da Segunda Guerra Mundial envolveu a embarcação Estonia, que afundou em 28 de setembro de 1994 no Mar Báltico provocando a morte de 852 pessoas.

Outros acidentes de cruzeiros ao longo da história:
- Em 6 de março de 1916, o transatlântico espanhol Príncipe de Astúrias encalhou no litoral de Ilhabela, em São Paulo, e 440 pessoas morreram.

- O italiano Andrea Doria naufragou em 24 de julho de 1956 nas proximidades de Nantucket (Massachusetts), na costa leste dos Estados Unidos, após bater no navio sueco Estocolmo. Cerca de 500 pessoas morreram.

- Em 31 de dezembro de 1988, no naufrágio do Bateau Mouche IV, 55 pessoas morreram em frente à praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. O navio tinha 127 pessoas a bordo que planejavam receber o Ano Novo em alto-mar.

- No dia 20 de junho de 1989 o cruzeiro soviético Maximo Gorki, com 953 pessoas a bordo, a maioria aposentados alemães e tripulantes soviéticos, afundou nas águas do Mar da Noruega, depois da abertura de um buraco no casco causado pela colisão em um iceberg. Não houve vítimas.

- Em 4 de outubro de 1997 as cerca de 700 pessoas a bordo de um cruzeiro de bandeira greco-cipriota foram resgatadas depois do incêndio do navio em frente à costa do Chipre.

- Também foram resgatados, em fevereiro de 2001, os 1.706 ocupantes do Mistral, um luxuoso navio francês que afundou perto da ilha de Nevis, em pleno cruzeiro pelo Caribe.

- Duas pessoas morreram no dia 6 de abril de 2007 no naufrágio do cruzeiro grego Sea Diamond, causado pelo choque da embarcação contra recifes em frente à ilha grega de Santorini. No navio viajavam 1.155 passageiros e 391 tripulantes.

- Em 23 de novembro de 2007 naufragou no Oceano Antártico o cruzeiro Explorer, nas proximidades das ilhas Shetland do Sul, ao sul da Argentina, após chocar contra um iceberg. Os 100 passageiros e 54 tripulantes foram resgatados.

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