Construtivismo
O Construtivismo foi um movimento das artes plásticas, do cinema e do teatro que ocorre basicamente na Rússia, com importante papel no apoio à Revolução Russa de 1917. Defende a arte funcional, que deve atender às necessidades do povo.
Desde 1913, o construtivismo insere-se no grupo das artes de vanguarda e revolucionárias lideradas pelo teórico russo e poeta futurista Vladímir Maiakóvski. Depois da revolução, essas manifestações artísticas são oficialmente sustentadas pelo governo de Lênin. Após sua morte, o construtivismo e as demais artes de vanguarda vêem-se reprimidas no país. A partir de então, inicia-se o realismo socialista.
No Brasil, as tendências construtivistas encontram ressonância no movimento concretista.
ARTES PLÁSTICAS – O construtivismo russo começa nas artes plásticas por iniciativa do pintor Vladímir Tatlin (1885-1953). Seu grupo divulga que a arte precisa dar a idéia de revolução em andamento. Ela deve fabricar objetos para o povo, e não apenas luxo para os ricos. A pintura e a escultura precisam ser funcionais, por isso aparecem muito ligadas à arquitetura. A escultura é a grande forma de expressão. Destacam-se os irmãos Antoine Pevsner (1886-1962) e Naum Gabo (1890-1977).
CINEMA – Os temas resumem-se às etapas da Revolução Russa e a seus ideais. O teórico e cineasta Serguei Eisenstein, diretor de A Greve (1924) e Outubro (1927), é o principal representante. Seus filmes pretendem induzir ao debate de idéias, e a montagem das cenas explora o contraste das imagens. Sua obra-prima, O Encouraçado Potemkin (1925), é uma homenagem aos 20 anos do levante popular russo de 1905, precursor da revolução.
Em 1921, o cineasta Dziga Vertov (1895-1954) funda o grupo Kinoglaz (cinema-olho), que produz documentários sobre o cotidiano com filmagens ao ar livre e cuidadosa montagem. Entre suas principais obras estão A Sexta Parte do Mundo (1926) e Um Homem com a Câmera (1929).
TEATRO – O construtivismo no teatro reúne o estilo de cenografia e encenação desenvolvido por Vsévolod Meyerhold a partir dos anos 20. O texto tem menos importância que os elementos não-verbais, como a expressão corporal. Cenários elaborados por pintores invadem a área da platéia e quebram a perspectiva convencional. As cenas são despojadas, e no palco há apenas os elementos indispensáveis ao trabalho dos atores.
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