Analfabetismo na Pós-Modernidade

O universo cultural do analfabetismo tem sido ampliado no último meio século, anulando com facilidade os ganhos da alfabetização tradicional da escrita manual e da leitura do texto impresso. O advento do microcomputador pessoal criou, em curto tempo, uma massa de analfabetos até mesmo entre pessoas com nível superior. A linguagem computacional invadiu nossa vida como indecifrável língua estrangeira e nos colocou da noite para o dia à mercê de técnicos que se esmeram em falar o "computacionês" incompreensível. A máquina de calcular livrou-nos dos sofrimentos da tabuada, mas criou uma geração de ignorantes que faz cálculos sofisticados sem saber como são feitos. Saber escrever corretamente a língua portuguesa já não é necessário, pois programas instalados no computador corrigem automaticamente a maioria dos erros e permitem a qualquer semi-alfabetizado escrever quase com o rigor de Machado de Assis.
Estamos muito longe do ensino necessário para cobrir a extensa área de cultura que deve ser assimilada antes da idade adulta para que a pessoa se mova num patamar próprio das demandas culturais crescentes do mundo moderno. Nesse sentido, a insuficiência da nossa escolarização é um instrumento de alargamento do número dos que podem ser classificados na moderna e ampla concepção de analfabetismo, não limitada estritamente ao saber ler e escrever.
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