Guerra no Mali em 13 | Tropas Francesas Combatem a Al Qaeda no Magreb Islâmico

Guerra no Mali em 13 | Tropas Francesas Combatem a Al Qaeda no Magreb Islâmico

Guerra no Mali em 13 | Tropas Francesas Combatem a Al Qaeda no Magreb Islâmico
As tropas francesas iniciaram na quarta-feira (16 de Janeiro de 2013) os combates por terra no Mali, cinco dias após terem lançado os primeiros ataques aéreos para deter a ofensiva dos grupos terroristas que controlam o norte do país.

Os blindados franceses, que chegaram a Bamaco de outras bases africanas francesas, deslocaram-se ao longo do dia para a primeira linha de combate, localizadas principalmente no oeste do país, onde as forças da Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI) iniciaram um contra-ataque.

As informações foram divulgadas por meios de comunicação franceses que estão no local. A cidade de Diabili, a 400 quilômetros ao norte de Bamaco, recuperada pelos salafistas no fim de semana passado, é no momento o principal teatro de operações, enquanto os bombardeios continuam no leste e nas zonas de retaguarda dos rebeldes, no norte.

Paris continua pressionando os países do ocidente africano para que acelerem o envio da força internacional aprovada em dezembro passado pelo Conselho de Segurança.

O primeiro-ministro francês, Jean-Marc Ayrault, assegurou que os primeiros soldados do continente chegarão no Mali antes do fim da semana, enquanto em Bamaco, o Estado-Maior da Comunidade Econômica de Estados de África Ocidental (Cedeao) acertava os detalhes para o deslocamento de tropas.
A França defende que as nações do continente africano sejam responsáveis pelas operações de guerra em terra quando as frentes foram estabilizadas. Os países que devem enviar soldados para o conflito são Nigéria, Níger, Burkina, Togo, Senegal e Benin.

No terreno político, o presidente francês, François Hollande, escutou as primeiras críticas à ação francesa e ao isolamento do país na operação.

O chefe do Estado, que viu como a guerra do Mali recebe um apoio majoritário entre a população, assegurou que a intervenção francesa conta com o respaldo de toda a comunidade internacional e foi feito no momento certo, justamente quando os rebeldes tinham começado a unir suas forças para ameaçar Bamaco.

No Parlamento, praticamente todos os grupos políticos mostraram sua aprovação à guerra, mas criticaram o fato da França não ter angariado apoio de nenhum outro país.

"Enquanto todo o mundo nos mostra seu apoio, nossos soldados são os únicos que estão na frente", afirmou o chefe da oposição, o conservador Jean-François Copé.

Paris recebe apoio logístico de diversos aliados, entre eles Reino Unido, Estados Unidos, Dinamarca e Bélgica, mas nenhum país enviou soldados para o país.

Nos corredores da Câmara dos Deputados começaram a ser escutadas vozes que pediam para que Hollande exija da chanceler alemã, Angela Merkel, um maior envolvimento no conflito, durante a reunião entre os dois que será realizada no fim de semana para celebrar meio século do Tratado do Eliseu.

Laurent Wauquiez, deputado da conservadora UMP, comparou o conflito do Mali com o do Afeganistão e disse que a diferença é que no país asiático havia uma coalizão internacional.

"Nos dizem que vamos ter o apoio dos africanos, mas acho que é importante ter o respaldo dos países com exércitos bem estruturados", afirmou o parlamentar.

Ayrault minimizou as críticas e elogiou o apoio político que a operação recebeu. O primeiro-ministro disse ainda que a intervenção durará "o que for necessário, até que se alcancem os objetivos marcados".

"França não está sozinha no Mali, tem um amplo respaldo internacional" e "o apoio logístico de muitos aliados", assegurou o primeiro-ministro.

O perigo da intervenção está também nos reféns franceses que neste momento estão em mãos de grupos radicais islâmicos.

Hollande argumentou que a operação é um risco necessário, pois caso contrário os radicais teriam assumido o controle total do Mali, o que teria piorado a situação dos sequestrados.

O presidente assumiu a iniciativa pela operação que fracassou no sábado passado para libertar um refém na Somália e que terminou com a morte do sequestrado e de dois soldados.

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