População Brasileira na Atualidade

População Brasileira na Atualidade

População Brasileira na AtualidadeSegundo o censo Brasil 2010 somos 192.590.600, ou seja, 26 milhões a mais do que o registrado em 2000.  Em 2018 o Brasil conta com cerca de 210 milhões de Habitantes, segundo estimativas do IBGE. Somos quinze vezes mais do que os contados em 1990 e três vezes os de 1950. Só na segunda metade do século XX fomos acrescidos algo como 100 milhões de pessoas. O ritmo do crescimento populacional apresentou expressivo declínio. De 1980 a 1991 o crescimento médio anual foi de 1,93% - entre 1991 a 2000 foi de 1,63%. A redução do crescimento vegetativo deveu-se a redução das taxas de natalidade. Entramos na fase final da transição demográfica. Na pirâmide etária sentimos um duplo impacto: redução da participação de crianças e jovens e aumento da participação de idosos. As políticas públicas devem acompanhar as novas tendências populacionais no que se refere a saúde, educação e previdência. Para cada 100 brasileiras existem 96,91 brasileiros, ou seja, 3,6 milhões de mulheres a mais. A explicação é conhecida: a expectativa de vida feminina e mais elevada que a masculina. No meio urbano 94 homens para cada 100 mulheres – no meio rural 110 homens para cada 100 mulheres. As mulheres migram para trabalhar nos serviços e comércio nas cidades. Os homens migram para as fronteiras agrícolas. Todas as regiões tiveram incremento de população, mas o ranking continua inalterado em relação a 2000. O Sudeste com 79 milhões, depois o Nordeste, Sul, Norte e Centro-Oeste. Os três estados mais populosos são: São Paulo (40,9 milhões), Minas Gerais (19,8 milhões), e Rio de Janeiro (16,3 milhões). No país como um todo as regiões apresentaram queda no ritmo de crescimento populacional, contudo, as regiões Norte e Centro-Oeste são as que apresentam maiores incrementos populacionais. O Nordeste apresentou o menor incremento de população por ter saldos migratórios negativos. A taxa de urbanização que era de 81,6% em 2000, pulou para mais de 86% em 2010. As regiões mais urbanizadas são a Sudeste e Centro-Oeste, sendo as menos urbanizadas, Norte e Nordeste. Contudo, a relação entre população rural e urbana deve ser analisada com cautela. Simples distritos com mais de 2000 habitantes, aqui no Brasil, são população urbana, o que "produz" uma urbanização ilusória. Na China, por exemplo, para ser população urbana o distrito tem que ter mais de 10.000 habitantes. Na Europa há um cruzamento da população absoluta com a densidade demográfica. Cabe ao IBGE estabelecer novo critério e objetivo para o Censo Brasil. 

Sobre população devemos nos ater as teorias de Thomas Robert Malthus (século XVIII), em contraposição as teorias dos anarquistas ou dos socialistas e reformistas. Os primeiros são, em suma, controlistas, pessimistas, antinatalistas, propondo um controle da população sem que haja distribuição de renda. Este é o ponto fundamental de suas divergências com os natalistas, representados pelo segundo grupo. Para os primeiros, pobre é pobre porque possui muitos filhos devendo ser controlada a natalidade à qualquer custo. Já os reformistas dizem num discurso reverso que ter muitos filhos é uma consequência da pobreza. Os neomalthusianistas surgiram no século XX, num período de industrialização e urbanização dos países subdesenvolvidos. Cuidado com o discurso dos ecomalthusianistas que dizem ser necessário eliminar os pobres para que eles não acabem com as reservas naturais do globo. Um menino Suíço gasta US$ 500,00, enquanto um africano Sudanês tem que viver com US$ 1,00. O que você acha desta postura? Lembre-se da luta controlista da China. Contudo, a Índia será o país mais populoso do globo em 2050. Mas em contrapartida a Itália passará, segundo as estatísticas, de 59.000.000 para 40.000.000 no mesmo período. O governo alemão começou uma campanha para combater os neonazistas. A Europa em quase sua totalidade com população envelhecida vive o dilema: abrir ou não abrir para receber imigrantes. A verdade é que com xenofobia ou não o mundo entra lentamente num processo de transição demográfica. Hoje, não se passa fome por falta de alimentos, já que há superprodução de comida. O fato é que alimento é uma mercadoria essencial, sendo, portanto, uma fonte importante de lucro. Chegamos ao bebê 6 bilhões, e o desafio do terceiro milênio é o de distribuir melhor a renda do globo. Os muros erguidos hoje, são entre ricos e pobres, como os erguidos no norte da África para barrar a invasão dos migrantes para a Europa. Produzimos mais alimentos por pessoa do que nos anos 50, mas o número de pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza absoluta aumenta em muito. O conflito atual mudou se eixo que era L/O e hoje é N/S. E china e os Estados Unidos?

Superpopulação é sempre relativo. Sendo assim, nunca se pode dizer que a área determina, pela quantidade de indivíduos que a habita, o grau de desenvolvimento de uma comunidade. Fatores externos como o colonialismo, ou ainda, culturais, sociais, políticos e econômicos, são os critérios a serem levados em conta na análise. Superpopulação é sempre relativo à capacidade da população de prover do meio sem exauri-lo. Sentido da migração internacional que era Norte-Sul, hoje é Sul-Norte. Há em todos os países aversão a estrangeiros. Um exemplo típico do nível de xenofobia, é que, até os tigrinhos asiáticos estão se defendendo da invasão de estrangeiros. Houve vários atritos entre Brasileiros e Paraguaios na ponte da "amizade" este ano. Os Brasileiros são acusados de serem informais e retirarem trabalho dos Paraguaios. Esta é uma forma de migração pendular e internacional ao mesmo tempo. Por esta razão estes brasileiros são denominados de Brasiguaios. As cidades no Brasil estão retornando os indigentes para suas regiões de origem, promovendo uma desova dos indesejáveis. Muitas prefeituras utilizam-se deste expediente para livrarem-se de encargos sociais. No Brasil, por exemplo, há uma tendência à bipartições de Estados, onde a parte mais rica se vê livre de áreas mais pobres. Há uma, bem palpável, tendência a desmetropolização reforçada, nos dias atuais, pela migração de retorno. Migração não pode ser vista do ponto de vista quantitativo, mas sim qualitativo. Crescem proporcionalmente, hoje no Brasil, as médias cidades. Um problema sério e a questão do Estado do entorno de Brasília. (Prestar atenção nas políticas curativas das cestas (cartões cidadania) de alimentos, como fator atrator de população).

As fronteiras agrícolas são atratoras, com um intenso crescimento de núcleos urbanos, gerando por outro lado um caos social. A grilagem de terra, (recentemente houve grilagem de terras dos índios Caiapós) a presença de jagunços, os gatos, a escravidão de menores e adultos (escravidão de armazém), a fome, o desemprego tecnológico, as lutas do MST (armadas e acompanhadas de protestos como o que comemorou o massacre de dezenove sem terra em El Dourado do Carajás - Pará) por reforma agrária, são problemas sociais sérios e de premência para resolução. Há uma reforma agrária para o governo e outra para o MST, com a qual todos parecem concordar mas que são coisas opostas para os lados. Quais são as diferenças básicas? Para o MST a proposta do governo é um ajuste as condições da globalização. O MST quer terra para trabalho e não terra de negócio como propõe o governo. Para o MST a terra não é fonte de lucro, mas sim um meio de vida dos camponeses, instrumento de revolução e uma forma de abastecer o mercado interno. O Sudeste, Sul e Nordeste do Brasil, são os principais responsáveis por este contrafluxo migratório. São pessoas que buscam "uma melhor qualidade de vida", fugindo da vida agitada dos grandes centros urbanos, ou ainda, por outro lado, há o fascínio exercido pelas cidades sobre as populações rurais. Goiânia já é cosmopolita por atrair gente de todos os lugares. Sem uma resposta satisfatória em termos de infra-estrutura e empregos, começa a apresentar problemas típicos de grandes centros. Dê uma analisada neste aspecto. A criminalidade, o aumento do comércio informal, são os resultados palpáveis desta má distribuição de renda. Goiânia e Brasília duas, "ilhas de modernidade", tem atraído muitos miseráveis. Obs. : estes são problemas estruturais muito visíveis em nossa realidade, sendo uma parte no todo.

A mão-de-obra está cada dia mais nômade. Assim, surgem as formas de se complementar renda. O trabalho zero hora, sem vínculo empregatício com as empresas, os part times (parte de tempo) estão cada vez mais presentes. O Estado está retirando todo tipo de estabilidade dos trabalhadores, votando reformas na previdência social e instituindo o contrato temporário de trabalho. Num contexto de economia globalizada, com um desemprego estrutural, agravado pelo desemprego tecnológico, onde em vários países centrais ele já ultrapassa a casa dos dois dígitos, o trabalhador tem que se qualificar ao máximo, (trabalhador multifuncional) pois a revolução técnico-científica elimina o trabalhador especializado. As empresas estão requerendo além do QI o QE, (quociente emocional do trabalhador) critério básico para as admissões no mercado de trabalho. Hoje se requer sempre disposição para aprender constantemente. Busca-se o trabalhador Bombril (mil e uma utilidades). Em todo o mundo fala-se em redução de cargas horárias. Enquanto na China e tigrinhos asiáticos há superexploração de mão-de-obra.

O processo de globalização é o grande norteador das questões dos vestibulares atuais. Parece que o mundo vai virar um Shopping Center Global e para tal insistem em modificar nossos hábitos e valores para que consumamos esse produto global. Contudo, não nos servem as receitas do FMI num mundo com tantas alternativas. Não precisamos assim, cair na onda de Ecomalthusianistas histéricos que preveem numa visão fatalista que a periferia será sempre periférica. E mais, o que é periférico, não necessariamente é periferia. Haverá sempre outra alternativa. Destarte, a globalização e, antes de tudo, a velocidade de inserção nela deve ser bem analisada por todos os países e povos do globo, especialmente os "periféricos".

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