A Década de 2000 e a Crise Econômica Mundial


A Década de 2000 e a Crise Econômica Mundial

A Década de 2000 e a Crise Econômica Mundial

A década de 2000 é o período de tempo compreendido entre 2000 e 2009. É a primeira década do século XXI, que por sua vez é o primeiro século do terceiro milênio. Na política internacional, este período é marcado especificamente pelos conflitos militares entre os Estados Unidos e o Oriente Médio, a chamada Guerra ao Terrorismo, representados pela Guerra do Afeganistão e Guerra do Iraque e pelo apoio dos Estados Unidos a Israel na Segunda Guerra do Líbano e no conflito israelo-palestino. A região também foi marcada por conflitos internos, como a disputa entre Hamas e Fatah na Palestina, sunitas e xiitas no Iraque e Talebã e líderes tribais no Afeganistão.

Nesta década, a Internet se consolida como veículo de comunicação em massa e armazenagem de informações, principalmente após a fase da World Wide Web e a globalização da informação atinge um nível sem precedentes históricos. Nas artes, tendências ligadas a pós-modernidade continuam se manifestando na medida em que suportes como o happening, a instalação, o vídeo, a “arte digital” entre outros mantém-se na ordem do dia de Bienais e mostras internacionais, ainda que desde a década de 1980 os suportes tradicionais tenham sido revitalizados.

A década também é marcada pela expansão da telefonia fixa e o uso de celulares e pela chegada de várias operadoras e pela tecnologia VOIP (telefonia via internet, como o Skype). A tecnologia tem grande destaque como as tvs de plasma e os desktops de tela LCD, tornando as tvs e monitores CRT obsoletos. A chegada da TV digital, da internet banda larga, do aumento na compra de computadores; popularização de desktops e laptops em relação aos PCs também marcaram esta década.

Em termos econômicos, Xangai se transforma em um dos símbolos do recente boom econômico da China. O Euro torna-se a moeda oficial da Europa a partir de janeiro de 2002. Foi uma das décadas mais estáveis e prósperas da economia mundial até o final do ano de 2007 quando a crise econômica de 2008-2009 colocou em risco a economia mundial levando vários países a entrar em recessão. O Brasil consegue acumular mais reservas do que a dívida externa, recebendo status de credor. Embora, apresentando crescimento econômico médio-baixo em comparação com a média dos países emergentes, o país mantem sua economia estável. A China atinge um crescimento econômico sem precedentes.

A crise econômica de 2008-2009 é um desdobramento da crise financeira internacional, precipitada pela falência do tradicional banco de investimento estadunidense Lehman Brothers, fundado em 1850. Em efeito dominó, outras grandes instituições financeiras quebraram, no processo também conhecido como “crise dos subprimes”. Alguns economistas, no entanto, consideram que a crise dos subprimes tem sua causa primeira no estouro da “bolha da Internet”, em 2001, quando o índice Nasdaq (que mede a variação de preço das ações de empresas de informática e telecomunicações), despencou.

De todo modo, a quebra do Lehman Brothers foi seguida, no espaço de poucos dias, pela falência técnica da maior empresa seguradora dos Estados Unidos da América, a American International Group (AIG). O governo norte-americano, que se recusara a oferecer garantias para que o banco inglês Barclays adquirisse o controle do cambaleante Lehman Brothers, alarmado com o efeito sistêmico que a falência dessa tradicional e poderosa instituição financeira – abandonada às “soluções de mercado” – provocou nos mercados financeiros mundiais, resolveu, em vinte e quatro horas, injetar oitenta e cinco bilhões de dólares de dinheiro público na AIG, para salvar suas operações. Mas, em poucas semanas, a crise norte-americana já atravessava o Atlântico: a Islândia estatizou o segundo maior banco do país, que passava por sérias dificuldades.

As mais importantes instituições financeiras do mundo, Citigroup e Merrill Lynch, nos Estados Unidos; Northern Rock, no Reino Unido; Swiss Re e UBS, na Suíça; Société Générale, na França declararam ter tido perdas colossais em seus balanços, o que agravou ainda mais o clima de desconfiança, que se generalizou. No Brasil, as empresas Sadia, Aracruz Celulosa e Votorantin anunciaram perdas bilionárias.

Para evitar colapso, o governo norte-americano reestatizou as agências de crédito imobiliário Fannie Mae e Freddie Mac, privatizadas em 1968, que agora ficarão sob o controle do governo por tempo indeterminado. Em outubro de 2008, a Alemanha, a França, a Áustria, os Países Baixos e a Itália anunciaram pacotes que somam 1,17 trilhão de euros (US$ 1,58 trilhão) em ajuda ao seus sistemas financeiros. O PIB da Zona do Euro teve uma queda de 1,5% no quarto trimestre de 2008, em relação ao trimestre anterior, a maior contração da história da economia da zona.

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