Abstracionismo Formal e Geométrico

Abstracionismo Formal e Geométrico

Abstracionismo Formal e Geométrico

Em linhas gerais, podemos dizer que Abstracionismo nada mais é do que a retratação artística de algo sem que haja uma forma definida ou uma realidade concreta. Este conceito também pode se referir à arte criada no início do século XX, resultado do movimento das vanguardas europeias e de sua intenção em fugir dos padrões da arte acadêmica.

O abstracionismo como estilo  artístico se caracteriza pela supressão da realidade e da perspectiva, pela simplificação das formas e pela representação figurativa das coisas. Aqui, não se busca a simples retratação da natureza concreta, mas sim, a criação de uma linguagem visual, dotada de suas próprias interpretações.

Podemos ver certas características do abstracionismo no cubismo. Na verdade, muitos criam que as obras cubistas eram, de fato, abstratas. Entretanto, o abstracionismo vai mais além, pois podemos observar algumas obras cubistas que retratam figuras e objetos bastante identificáveis, por exemplo.

O abstracionismo foi responsável por nortear grande parte da arte desenvolvida nas décadas seguintes. Entre seus principais representantes, podemos citar Wassili Kandinsky (1866 - 1944), Franz Mac (1880 - 1916), Kasimir Malevich (1878 - 1935) e Paul Klee (1879 - 1940). No Brasil, o movimento teve como principais representantes Manabu Mabe (1924 - 1997) e Tomie Ohtake (1913).

Abstracionismo informal
Abstracionismo informal - Recebe influência do expressionismo e do cubismo. Os artistas deixam a perspectiva tradicional e criam as formas no ato da pintura. Linhas e cores são utilizadas para exprimir emoções. Em geral, veem-se manchas e grafismos. Um dos principais nomes do abstracionismo é Vassíli Kandínski, russo que vivia na Alemanha. Primeiro artista a definir sua arte como abstrata, ele leva o expressionismo a essa nova tendência. Outro nome importante do abstracionismo informal é o suíço Paul Klee.

Após a II Guerra Mundial (1939-1945), influenciadas pelo abstracionismo informal, surgem outras tendências artísticas, como o expressionismo abstrato e o abstracionismo gestual.

Abstracionismo geométrico - Ao desenvolver pinturas, gravuras e peças de arte gráfica, os artistas exploram com rigor técnico as formas geométricas, sem a preocupação de transmitir ideias e sentimentos. Os principais iniciadores do abstracionismo geométrico são o russo Malevitch e o holandês Piet Mondrian. Com quadros em que figuras geométricas flutuam num espaço sem perspectiva, Malevitch inaugura o suprematismo (autonomia da forma), movimento derivado do abstracionismo. A tela Quadrado Negro é um de seus marcos.

Mondrian, que no início da década de 10 estivera próximo dos cubistas, entre os anos 20 e 40 dedica-se a pintar telas apenas com linhas horizontais e verticais, com ângulos retos e com as três cores primárias (amarelo, azul e vermelho), além do preto e do branco. Para ele, essas formas seriam a essência dos objetos. O trabalho de Mondrian influencia diretamente a arte funcional desenvolvida pela Bauhaus . Do abstracionismo geométrico derivam o construtivismo, o concretismo e, mais recentemente, o minimalismo. Na escultura, destaca-se o belga Georges Vantongerloo (1886-1965).

Abstracionismo no Brasil - O abstracionismo surge com ênfase em meados dos anos 50. O curso de gravação de Iberê Camargo forma uma geração de gravuristas abstratos, na qual se destacam Antoni Babinski (1931-), Maria Bonomi (1935-) e Mário Gruber (1927-). Outros impulsos aparecem com a fundação dos museus de Arte Moderna de São Paulo (1948) e do Rio de Janeiro (1949) e com a criação da Bienal Internacional de São Paulo (1951). Entre os pioneiros da abstração no Brasil, destacam-se Antônio Bandeira (1922-1967), Cícero Dias (1908-2003) e Sheila Branningan (1914-). Posteriormente, artistas como Flávio Shiró (1928-), Manabu Mabe, Yolanda Mohalyi (1909-1978), Wega Nery (1912-), além de Iberê, praticam o abstracionismo informal. O abstracionismo geométrico, que se manifesta no concretismo e no neoconcretismo também nos anos 50, encontra praticantes em Tomie Ohtake, Fayga Ostrower (1920-2001), Arcângelo Ianelli e Samson Flexor (1907-1971).

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