Doação de Sangue | Saiba Tudo Sobre Doação de Sangue e Como Doar


Doação de Sangue | Saiba Tudo Sobre Doação de Sangue e Como Doar

Doação de Sangue | Saiba Tudo Sobre Doação de Sangue e Como Doar
Doação de sangue
A doação de sangue é caracterizada por um ato de solidariedade, uma ação voluntária e consciente com a finalidade de salvar vidas. Doar sangue é muito mais que doar um tecido vivo, o sangue representa a única maneira de manter vivo, um indivíduo que necessita dele. Doar sangue não tem preço, o sangue não pode ser comercializado. A recompensa do doador só acontece quando uma vida é salva pela sua doação, apenas a alegria de ver um homem que foi curado com o seu sangue, pode pagar o doador.

Ainda hoje, no século XXI, o homem não conseguiu uma forma de substituir o sangue; como o sangue só pode ser produzido pelo organismo humano, quem precisa de sangue sempre depende de quem doa. Diferentes grupos têm diferentes tipos sanguíneos, por isso é importante que todas as etnias participem da doação de sangue. Existem várias categorias de doadores de sangue dentre elas:
¨ Convocados: são aqueles doadores que se apresentam aos serviços do Hemocentro para doação atendendo à convocação feita pela instituição através de cartas, telegramas e telefonemas. Esses doadores são abordados em casos extremos, já que a doação tem por definição a solidariedade.


¨ Reposição: Candidatos à doação que procuram os Hemocentros a partir da solicitação de um parente. Dentro dessa categoria está inserida a "doação dirigida" onde o doador especifica o paciente para qual quer doar o seu sangue.

¨ Voluntários de única doação: são pessoas que, movidas pela solidariedade, fizeram a doação de sangue, mas, que por algum motivo não voltaram a doar.

¨ Voluntários e não remunerados: doadores que doam seu sangue por vontade própria, sem estarem pressionados e sem o intuito de receberem qualquer forma de pagamento.

A literatura especializada tem definido esses doadores como aqueles de baixo risco de transmissão de doenças infecciosas e principalmente aqueles cujo risco de transmitir doenças em período de janela imunológica é próximo a zero.Portanto este é o tipo de doador de sangue a ser estimulado e cujos investimentos de captação devem priorizar. A doação voluntária calca-se na espontaneidade, na ausência de pressões sociais, emocionais e resulta em produtos sanguíneos de maior segurança com uso racional dos recursos laboratoriais de investigação, ou seja, estuda-se o doador cujo sangue e componentes serão liberados para uso clínico. Esta equação: doador voluntário X baixa incidência de doenças infecciosas é igual à qualidade nos serviços de saúde e ao mesmo tempo otimização de recursos financeiros.

¨ Fidelizado: são aqueles que doam sangue regularmente, entre 3 a 4 doações por ano, e têm consciência da importância da doação de sangue para aqueles pacientes que necessitam dele. Concomitantemente aos esforços de desenvolvimento de técnicas de marketing para o estímulo à doação voluntária se encontram os programas de fidelização. Este item merece atenção especial das táticas de marketing pois garantirão aos serviços hemoterápicos que doadores saudáveis já testados se comprometam com o serviço, com a prática da doação voluntária, saudável e necessária. No entanto, nos programas de fidelização há que se estudar programas que envolvam o treinamento continuado da equipe de prestação de serviços na área de hemoterapia. Todos os esforços de campanhas e de marketing irão ser desastrosas se o atendimento técnico não atender as expectativas divulgadas e esperadas pela comunidade. Portanto o trabalho de captação e conscientização de doadores tem de ser consoante com a equipe técnica.

A doação de sangue apesar de simples envolve tabus e mitos, havendo muitas ideias erradas sobre o processo de doação e é preciso desmistificá-las e divulgar a verdade absoluta sobre o processo. Doar sangue não vicia, não engorda, o sangue não afina e nem engrossa e é, rapidamente, reposto pelo organismo, porém estes fatos devem ser justificados de forma clara. Além disso, a coleta do sangue é extremamente segura, o doador não corre nenhum risco de se contaminar com qualquer tipo de doença como AIDS, sífilis, hepatite etc, pois os materiais são todos descartáveis. Todo o sistema de coleta é descartável e não poderá ser reutilizado, portanto, é IMPOSSÍVEL que um doador contraia AIDS, hepatite ou qualquer outra doença transmissível por transfusão, na doação.

O doador deve estar ciente de que o sangue doado por ele pode salvar muitas vidas, pois a tecnologia permite separar as partes integrantes do sangue: vermelha, branca, elementos da coagulação, e plasma ou proteínas. O ato da doação pode salvar a vida de um amigo, um vizinho ou de um membro da família, de um cidadão, pois o sangue pode ser transfundido integralmente ou por partes específicas (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, plaquetas e o plasma) de acordo com o componente do qual o paciente necessita.

Muitas pessoas nascem com problemas ligados à produção de sangue e portanto necessitam, frequentemente, de uma transfusão, como é o caso dos meninos portador de hemofilia, de outras crianças, que hoje, graças ao nível da transfusão sanguínea mundial atingem a idade adulta e pode constituir famílias, ter filhos, como os portadores de anemia falciforme, talassemia entre outros. O sangue coletado ainda é utilizado para a maioria dos pacientes em tratamento de câncer, leucemia; nas ocasiões emergenciais como acidentes de trânsito com grandes hemorragias e acidentes de trabalho além das cirurgias.

Após a coleta e avaliação criteriosa de todos os exames, a bolsa de sangue dividida em seus componentes é liberada para o ato transfusional. Nesta etapa também todos os materiais utilizados são esterilizados. Além disso, o avanço tecnológico e científico na área de Hemoterapia proporciona uma maior segurança transfusional e minimiza riscos aos pacientes que se submetem a esta terapia, bem como uma maior tranquilidade aos clínicos que as indicam.


Quantos litros de sangue uma pessoa possui?
Em média, um adulto tem cerca de cinco litros de sangue, mas a quantidade de sangue varia conforme o peso da pessoa.


Por que devo ser um doador de sangue?
O sangue não se fabrica artificialmente, portanto não existe uma forma mais simples de salvar vidas. O organismo repõe o plasma em cerca de um dia após a doação e os demais componentes em algumas semanas. Você pode doar sangue a cada 2 meses (homem) e 3 meses (mulher).


Que tipos de risco existem para alguém que doa sangue?
Não há perigo em doar sangue. Todo o material utilizado para retirar o sangue é descartável e esterilizado. A quantidade retirada é proporcional ao peso do doador. Às vezes pessoas muito ansiosas podem apresentar reações adversas à doação, como por exemplo: hipotensão arterial, sudorese e tonturas, que são sintomas passageiros.


Para que é usado o sangue?
As hemácias são transfundidas em caso de anemias ou grandes sangramentos,
As plaquetas são transfundidas quando os pacientes não as possui em número suficiente ou sua qualidade não está boa para promover a coagulação. Os pacientes com câncer que são submetidos à quimioterapia, muitas vezes têm que ser transfundidos pois este tratamento diminui a quantidade de hemácias e/ou plaquetas. O plasma constitui-se de 90% de água, 7% de proteína e quantidades muito pequenas de gorduras, açúcar e minerais. O plasma e os fatores de coagulação concentrados são necessários para pacientes com hemofilia e com outras perturbações que ocasionam sangramento.


O que tenho de fazer para doar sangue?
Dirigir-se até ao hemocentro mais próximo em sua cidade ou da cidade mais próxima (Veja a lista de todos os hemocentros dos estados do Brasil) ou entre em contato com o banco de sangue mais próximo para marcar uma hora ou para obter informações sobre a nova campanha que realizarão para a coleta de sangue. Durma bem na véspera.


O que acontece depois de eu ter doado o sangue?
Após a doação, descanse durante 5 ou 10 minutos. Tome o lanche oferecido pela unidade para elevar o nível de açúcar em seu sangue e para iniciar a reposição pelo organismo com a ingestão de líquidos. Não fume durante uma hora e nem tome nenhuma bebida alcoólica durante cinco horas. Compartilhe sua experiência com seus amigos para que estes também se sintam motivados a doar sangue.


Posso contrair alguma doença através da doação de sangue?
Não. Quem doa não corre risco de adquirir doenças. O material utilizado na coleta é descartável.


A doação vai fazer com que eu engorde ou emagreça?
Não engorda porque você não ingere nada. Não emagrece porque a quantidade de sangue retirado é reposta com a ingestão de líquidos, permitindo que o doador retome seu peso original.


Se eu doar, meu sangue vai engrossar ou afinar?
Nem uma coisa nem outra. O organismo controla perfeitamente a reposição de volume e de glóbulos vermelhos, mantendo-os sempre na mesma quantidade.


Doar sangue vicia?
Não. Se você nunca mais doar, nada vai acontecer. Mas sempre que for possível, doe.


Quantas vezes eu posso doar sangue?
Homens podem doar a cada três meses e mulheres a cada quatro meses.


Mulher grávida, amamentando ou que sofreu um aborto pode doar sangue?
Não. A mulher não pode estar grávida e deve esperar três meses após o parto para doar sangue. Se estiver amamentando, ela deve esperar três meses após parar de amamentar. Se tiver sofrido aborto, deve esperar três meses.


Vou perder muito tempo para doar sangue?
Não. Desde a triagem até a doação você vai levar no máximo 40 minutos. Em dias mais movimentados você pode ter de esperar um pouco mais. Como não é necessário jejum, você pode doar até as 18:00 horas.


Posso doar sangue se fui submetido a uma cirurgia?
Sim. Se a cirurgia foi de pequeno porte você pode doar sangue após três meses. No caso de cirurgia de grande porte espere seis meses para doar.


Posso doar sangue para mim?
Sim. Quando você for passar por uma cirurgia pode armazenar uma reserva de seu próprio sangue para o caso de precisar de uma transfusão, mas para isso procure o serviço de hemoterapia com bastante antecedência para que tudo ocorra como o planejado.


Posso fazer uma doação de sangue específica para uma pessoa?
Desde que o seu sangue esteja dentro de todas as especificações necessárias é possível a doação, armazenamento e transfusão específica para determinada pessoa.
O doador deve ser submetido à triagem clínica no dia da doação. Esta deverá ser realizada por profissional de saúde qualificado e capacitado, sob orientação e supervisão médica, em local com condições de privacidade. As informações obtidas devem constar de ficha de triagem padronizada, preenchida pelo entrevistador, onde constem as perguntas realizadas, as respostas obtidas e a assinatura do doador autorizando a doação e assumindo a responsabilidade pelas informações fornecidas. Devem ser questionados e verificados itens que garantam a segurança do doador e do receptor, conforme mencionados a seguir. A coleta de sangue deverá ser feita de tal forma que do ato de doar não advenha ao doador, consequências outras que as derivadas da retirada de volume de sangue compatível com a manutenção de sua condição hígida.


2. Proteção ao doador.
2.1 Doenças: candidatos com história de doença hematológica, cardíaca, renal, pulmonar, hepática, autoimune, diabetes, hipertiroidismo, hanseníase, tuberculose, câncer, sangramento anormal, convulsão após infância ou epilepsia devem ser convenientemente avaliados e podem ser excluídos da doação temporária ou definitivamente.

2.2 Medicamentos: história terapêutica recente deve merecer avaliação especial por parte de um médico, de vez que a indicação clínica do tratamento pode motivar a rejeição da doação. Cada medicamento deve ser avaliado individualmente e em conjunto, e registrado na ficha de triagem. Os medicamentos abaixo listados quando em uso pelo candidato, são motivos de rejeição temporária:
Antibióticos e quimioterápicos antibacterianos;
Corticosteroide;
Anticoagulante orais
Agentes hipoglicemiantes;
Antipsicóticos.

2.3 Intervalo entre doações: é obrigatório que se indague ao candidato se já doou sangue anteriormente e qual a data da última doação. O intervalo mínimo entre cada doação deverá ser de 90 dias para as mulheres e 60 para os homens. Após uma doação de plaquetas ou plasma por aférese, a doação de sangue total só pode ser feita depois de 48 horas. Em casos especiais em que se deseje ou necessite efetuar doações com maior frequência, deverá haver protocolo por escrito, aprovado pela comissão de Ética Médica da instituição em que será realizado o procedimento.

2.4 Idade: os doadores de sangue devem ter entre 18 e 60 anos de idade. Em casos especiais, o candidato menor será aceito com autorização do responsável, anotando-se na ficha de triagem qual a razão. Candidatos maiores de 60 anos poderão doar com autorização por escrito de seu médico assistente e do médico hemoterapêuta.

2.5 Menstruação: a menstruação não contra-indica a doação.

2.6 Gestação e puerpério: exceto em condições excepcionais, a critério médico, devem ser excluídas da doação as gestantes e as puérperas com menos de 12 semanas após o parto.

2.7 Abortamento: a candidata do sexo feminino deve ser excluída até 12 semanas após um abortamento.

2.8 Profissão: não devem ser aceitas para doação pessoas que exerçam profissões ou atividades que possam apresentar risco físico para si ou para outros, e que não tenham condições de interromper sua atividade profissional por pelo menos 12 horas após a doação; por exemplo, operadores de máquinas de corte ou prensa, ou motoristas de veículos coletivos. Trabalhadores em andaimes e pessoal de voo ou para-quedista por exercerem atividades de maior risco, devem interrompê-las por pelo menos 24 horas após a doação.

2.9 Níveis de Hemoglobina / Hematócrito: é obrigatória a demonstração de que os níveis de hemoglobina e/ou hematócrito sejam iguais ou superiores a: Hemoglobina: 12,0g/13,0g (respectivamente para mulheres/homens); Hematócrito: 38% / 40% (respectivamente para mulheres/homens). Candidatos com níveis hematimétricos abaixo dos acima citados não devem ser aceitos para doação.

2.10 Pulso: a medida do pulso não deve revelar irregularidade cardíaca e deve estar entre 60 e 110 batimentos por minuto, efetuando-se a verificação por ao mínimo 30 segundos. Candidatos que refiram exercícios físicos intensos e apresentem pulsação abaixo dos limites acima, podem ser aceitos a critério médico.

2.11 Pressão arterial: a pressão sistólica deve estar entre 90 e 180 mm Hg e a pressão diastólica não deve exceder 100 mm Hg. Doadores com pressão diastólica entre 100 mm Hg e 110 mm Hg podem ser aceitos a critério médico.

2.12 Peso Corporal e Volume da Doação: recomenda-se que os doadores tenham acima de 50 kg de peso. O volume coletado não deverá exceder o limite de 8ml/kg para as mulheres e 9ml/kg para os homens. Em nenhum caso deverá ser ultrapassado o limite de 500 ml por doação. É permitida a coleta adicional de 30 ml, independentemente do peso, para a realização de exames laboratoriais.
3 Proteção ao Receptor:

O sangue coletado não deverá representar para o receptor da transfusão outro risco senão o inerente à própria terapêutica.

3.1 Aparência Geral: deve ser de um indivíduo sadio.

3.2 História de hemoterapia: candidatos que receberam sangue, componentes e/ou derivados aos 10 anos anteriores devem ser excluídos em virtude do risco potencial de transmitirem doenças infecciosas.

3.3 Imunização Ativa e Passiva: Os candidatos à doação que anteriormente sofreram imunização ativa, podem ser aceitos desde que obedecidos os seguintes critérios:

3.3.1 No caso de toxoides, vacinas de vírus, bactérias, ricketsias mortos ou inativados, o doador poderá ser aceito desde que esteja livre de qualquer sintoma e afebril, exemplos: vacina para doença meningocócica, peste, pneumococo, cólera, difteria, hepatite B (não derivada do plasma), influenza, para-tifoide (injetável). Haemophilus influenza. Obs: no caso de vacina anti-rábica (de embrião de pato ou humana diploide) o candidato poderá ser aceito, exceto quando a vacina tenha sido aplicada em decorrência de mordida de animal. Neste caso deve ser excluído por um ano.

3.3.2 No caso de vírus vivo atenuado, o candidato pode ser aceito após duas semanas. Exemplos: rubéola, febre tifoide (oral), varicela, poliomielite (oral). Exceções: sarampo e BCG, quando a recusa será de 4 semanas.

3.3.3 No caso de hepatite B (derivada do plasma), deve ser recusado por 10 anos.

3.3.4 Imunização Passiva: os candidatos à doação que receberam esse tipo de imunização devem ser rejeitados pelo período de 10 anos.

3.4 Doenças Infecciosas: o candidato à doação não deve ser portador de doenças infecciosas conhecidas por sua transmissibilidade através da transfusão de sangue, componentes e derivados. São excluídos definitivamente os indivíduos que já apresentaram, em alguma fase de suas vidas, as seguintes doenças: Chagas, SIDA/AIDS, doença de Kreutzfeld-Jacob, indivíduos infectados pelos vírus HTLV-I/II e/ou que tenham recebido hormônio de crescimento de origem humana. São excluídos por 6 meses os indivíduos que tiveram contato sexual com portadores de hepatite B. São excluídos por 10 anos os parceiros sexuais de indivíduos expostos a fatores de riscos para SIDA/AIDS.

3.4.1 Malária: verificar as seguintes áreas:

a) endêmica, com transmissão ativa: recrutar candidatos nos municípios com baixa transmissão; excluir candidatos com história febril nos últimos 30 dias.
b) endêmica, sem transmissão, porém vulneráveis (entendendo-se, neste caso, a existência de vetores que podem iniciar um foco malárico): excluir candidatos que nos últimos seis meses estiveram em áreas endêmicas com transmissão ativa; excluir candidatos que, nos últimos doze anos, tiveram malária.
c) não endêmica: excluir candidatos que, nos últimos seis meses estiveram em áreas endêmicas com transmissão ativa; excluir candidatos que, nos últimos três anos tiveram malária.
d) excluir definitivamente candidatos que tiveram infecção por Plasmodium Malarie (febre quartã).

3.4.2 SIDA/AIDS: todos os candidatos à doação devem receber amplo material informativo sobre os grupos expostos a risco, a fim de que, se incluídos em um deles, não venham a doar sangue. Devem ser incluídos no grupo de riscos os indivíduos que pertencerem ou pertencem a estabelecimentos penais, colônias de recuperação de drogados ou doentes mentais e de outros tipos de confinamento obrigatório. Devem ser obrigatoriamente incluídas na triagem questões relativas aos sintomas e sinais da SIDA/AIDS e ao sarcoma de Kaposi. Devem ser excluídos definitivamente indivíduos com sorologia positiva para anti-HIV e/ou com história de pertencer ou ter pertencido a grupos de riscos para SIDA/AIDS, e/ou que seja ou tenha tido parceiro sexual de indivíduos que se incluam naquele grupo.

3.4.3 Sífilis: só serão aceitos os indivíduos comprovadamente curados, com exames sorológicos negativos.

3.4.4 Hepatite: são excluídos definitivamente os candidatos que tenham história de de hepatite viral após os 10 anos de idade e/ou de teste positivo para HBsAg, e/ou de teste positivo para Anti-HCV, e/ou de níveis de ALT além de 2 vezes o valor normal em mais de uma ocasião e/ou de teste positivo para Anti-HBc em mais de uma ocasião. Também devem ser excluídos definitivamente, indivíduos que sabidamente tenham tido hepatite viral não do tipo A, antes dos 10 anos de idade.

3.4.5 Outras doenças: as outras doenças infecciosas são de exclusão temporária e o período de rejeição do candidato deve ser estabelecido a critério médico.

3.5 Álcool: quaisquer sinais óbvios de intoxicação pelo álcool ou história de alcoolismo crônico excluem o candidato à doação.

3.6 Drogas e medicações: são definitivamente excluídos como doadores os usuários de drogas intravenosas que possam causar dependência, sejam toxicômanos ou não. No momento da triagem clínica, ambos os braços devem ser examinados para verificar a presença de sinais de uso repetido de drogas intravenosas. Medicamentos utilizados pelo doador usualmente não levam a problemas no receptor. Entretanto, a indicação clínica para seu uso pode ser causa de recusa, e deve ser avaliada individualmente. Candidatos que nos últimos 3 dias tenham utilizado medicamentos que interfiram com a função plaquetária (p. ex. ácido acetilsalicílico) podem doar sangue total. Entretanto, não deve ser preparado concentrado de plaquetas de sua doação e não devem ser aceitos como doadores de plaquetas por aférese.

3.7 Perda de Peso: não devem ser aceitos para doação candidatos que refiram perda de peso acima de 10% do peso corporal nos últimos três meses, sem causa aparente.

3.8 Doença Grave: não devem ser aceitos como doadores indivíduos que tenham tido ou doença grave nos últimos 30 dias, ou que dela ainda não estejam recuperados.

3.9 Estado Gripal: não poderão ser aceitos como doadores, candidatos que estejam em estado gripal.

3.10 Cirurgias: os candidatos anteriormente submetidos a grandes cirurgias devem ser rejeitados por seis meses, a pequenas cirurgias por três meses, a extração dentária não complicada ou a manipulação dentária por 72 horas.

3.11 Alergia: manifestações alérgicas ativas (como febre do feno, urticária e asma brônquica) implicam em rejeição temporária do doador. Nas formas leves, deve ser rejeitado até uma semana após o tratamento.

3.12 Alimentação: não devem ser aceitos os candidatos que ingeriram alimentos com substâncias gordurosas há menos de 4 horas, ou que estejam em jejum.

3.13 Temperatura: a temperatura axilar não deve exceder 37o C.

3.14 Pele: a pele do doador, no local da punção, deve estar íntegra e sem lesões. Deve ser rejeitado o candidato que tenha história de tatuagem e/ou acupuntura nos 12 meses que antecedem a doação, após transcorrido este tempo, a decisão ficará a critério do médico responsável pelo serviço.

4. Informações ao candidato à doação.
4.1 Rotina de admissão: ao apresentar-se para doação, o indivíduo deverá ser submetido à rotina de admissão. É obrigatória a apresentação de um documento de identificação. Da ficha de triagem do candidato devem constar obrigatoriamente pelo menos os seguintes dados.
nome completo por extenso;
data de nascimento;
número e órgão expedidor do documento de identificação;
nacionalidade/naturalidade;
filiação;
raça;
ocupação habitual;
endereço e telefone;
número de registro do candidato na instituição;
data e registro da entrevista (conforme citado no item II.1 acima) As fichas de todos os candidatos devem permanecer arquivadas pelo mínimo 5 anos.

4.2 Requisitos para o Consentimento da Doação: o candidato deve autorizar por escrito a sua doação e responsabilizar-se pelas respostas fornecidas durante a triagem, após receber explicações sobre o procedimento a ser efetuado (em termos que possa entender) e ter a oportunidade de fazer perguntas sobre o ato e os efeitos da doação. Os candidatos devem ser instruídos com relação aos cuidados e advertidos acerca das possíveis reações adversas. O profissional que faz a triagem clínica deve registrar e assinar a ficha de triagem, e caso o candidato seja aceito, deve indicar o volume aproximado de sangue a ser coletado.

4.3 Notificação do Doador: no caso de rejeição do candidato, a causa motivante deve ser registrada na ficha de triagem. O candidato à doação deve ser notificado acerca de qualquer anomalia observada durante a avaliação clínica ou quando dos resultados dos testes laboratoriais, devendo-se garantir total sigilo das informações. Também deverá ser encaminhado a profissional ou órgão competente para elucidação diagnóstica e/ou segmento clínico. (*) Alguns destes textos são retirados de periódicos que permitem a reprodução desde que citada a fonte. Não me foi possível contatar todos os autores para uma permissão específica. Solicito que os autores que acharem que estou infligindo seus direitos que me mande um e-mail que retirarei o texto. Procurei ser fiel e cuidadoso na reprodução dos textos embora erros possam existir, agradeceria correções ou retificações.

O que se consegue em troca da doação de sangue? A satisfação de saber que a cada doação poderá ajudar a salvar até quatro vidas.
Se você for menor de Idade, convença o irmão mais velho, o pai, a mãe, o amigo maior de 18 ou o vizinho a ir doar. 


Confirmando dados de doação: Encontro as 13: 30 nas catracas do metro Clínicas, saída às 14, quem chegar depois deve ir direto a Fundação Pro-sangue do HC que fica bem em frente ao INCOR. 


Quem pode Doar ? Requisitos básicos para a doação de sangue ° Estar em boas condições de saúde. ° Ter entre 18 e 65 anos. ° Pesar no mínimo 50kg. ° Estar descansado e alimentado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação). ° Apresentar documento original com foto emitido por órgão oficial (Carteira de identidade, Cartão de Identidade de Profissional Liberal, Carteira de Trabalho e Previdência Social e Passaporte). 


Impedimentos temporários ° Gripe: aguardar 7 dias. ° Gravidez. ° 90 dias após parto normal e 180 dias após cesariana. ° Amamentação (se o parto ocorreu há menos de 12 meses) ° Ingestão de bebida alcoólica nas 4 horas que antecedem a doação. ° Tatuagem nos últimos 12 meses. ° Situações nas quais há maior risco de adquirir doenças sexualmente transmissíveis como não usar preservativo com parceiros ocasionais ou desconhecidos: aguardar 12 meses. Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima, Maranhão, Mato Grosso, Pará e Tocantins são estados onde a incidência de transmissão de malária é maior. Quem esteve nesses estados deve aguardar 6 meses. Quem morou, aguardar 3 anos. 


Impedimentos definitivos ° Hepatite após os 10 anos de idade. ° Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças transmissíveis pelo sangue: Hepatites B e C, AIDS (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV I e II e Doença de Chagas. ° Uso de drogas injetáveis ilícitas. ° Malária. 


Respeitar os intervalos para doação: ° Homens 60 dias: até 4 doações por ano. ° Mulheres 90 dias: até 3 doações por ano. "Na triagem de doadores, a Fundação Pró-Sangue obedece a normas nacionais e internacionais de segurança do sangue, do Ministério da Saúde, da Associação Americana e do Conselho Europeu de Bancos de Sangue. O alto rigor no cumprimento dessas normas visa oferecer proteção ao receptor e ao doador."
O sangue possui antígenos e anticorpos

Existem em nosso sangue certos tipos de glóbulos brancos, chamados linfócitos, cuja função é produzir proteínas especiais denominadas anticorpos. Quando microrganismos ou substâncias estranhas, denominadas genericamente antígenos, penetram em nosso corpo, os linfócitos entram em ação e passam a produzir anticorpos contra os invasores. Em geral, a reação do anticorpo com o antígeno acaba causando a destruição ou a inativação dos antígenos. Essa reação de defesa é fundamental para proteger nosso organismo contra o constante assédio de microrganismos causadores de doenças.

Incompatibilidade sanguínea no sistema ABO Landsteiner percebeu que as hemácias ou glóbulos vermelhos do sangue podem ter, ou não, aderidos em suas membranas, dois tipos de antígenos, A e B, nos quais podem existir quatro tipos de hemácias:

· A: apresentam apenas antígeno A;
· B: apresentam apenas antígeno B;
· AB: apresentam antígenos A e B;
· O: não apresentam nenhum dos dois antígenos.

No plasma podem existir, ou não, dois tipos de anticorpos: Anti-A e Anti-B. Assim:

· o indivíduo de sangue tipo A não produz anticorpos Anti-A, mas é capaz de produzir anticorpos Anti-B, uma vez que o antígeno B lhe é estranho;
· o indivíduo de sangue tipo B não produz anticorpos Anti-B, mas é capaz de produzir anticorpos Anti-A, uma vez que o antígeno A lhe é estranho;
· o indivíduo AB não produz nenhum dos dois anticorpos pois os dois antígenos lhe são familiares;
· o indivíduo O é capaz de produzir anticorpos Anti-A e Anti-B, pois não apresenta em suas hemácias antígenos A e B.
A primeira transfusão precedida de exame de compatibilidade ABO foi realizada em 1907, por Reuben Ottenberg. No entanto, esse procedimento só passou a ser utilizado em larga escala a partir da Primeira Guerra Mundial (1914 - 1918).

O sistema de grupo sanguíneo Rh


Quase quatro décadas após a descoberta do sistema de grupo sanguíneo ABO, outro fato que revolucionou a prática da medicina transfusional foi a identificação, também em humanos, do fator Rh, observado no sangue de macacos Rhesus.
Na população branca, cerca de 85% das pessoas possuem o fator Rh nas hemácias, sendo por isso chamados de Rh+ (Rh positivos). Os 15% restantes que não o possuem são chamados de Rh- (Rh negativos).
Incompatibilidade sanguínea no sistema Rh

É importante conhecer o tipo sangüíneo em relação ao sistema Rh, pois também nesse caso podem ocorrer reações de incompatibilidade em transfusões de sangue. Um indivíduo Rh negativo só deve receber transfusão de sangue Rh negativo. Caso receba sangue Rh positivo, haverá sua sensibilização e a formação de anticorpos Anti-Rh.

Eritroblastose fetal

Os anticorpos Anti-Rh são responsáveis por uma doença conhecida como eritroblastose fetal ou doença hemolítica do recém-nascido, que decorre da incompatibilidade sanguínea entre a mãe e o feto (ela Rh- e ele Rh+), resultando na destruição das hemácias do feto pelos anticorpos Anti-Rh produzidos pela mãe.
Em 1951, eram conhecidos nove sistemas de grupos sanguíneos: Atualmente, são 23.
GRUPO SANGÜÍNEO ABO

Desde muito tempo havia preocupações a respeito do sucesso da transfusão de sangue em certas pessoas. Em 1900-1901, K. Landesteiner, observou que quando o sangue de certas pessoas eram misturados ocorria no sangue do doador, a reação de aglutinação. Foi formulada a hipótese de que deveriam ter vários tipos de antígenos, sendo uns compatíveis e outros não. Posteriormente foi comprovada a hipótese de Landesteiner; ou seja, foi descoberto dois tipos de antígenos e dois tipos de anticorpos. Testes na população humana permitiu classificá-la nos diferentes grupos sanguíneos:
Grupo Sanguíneo
Antígeno A
Antígeno B
Anticorpo A
Anticorpo B
A
P
-
-
P
B
-
P
P
-
AB
P
P
-
-
O
-
-
P
P
P = presente, - = ausente

Os antígenos são transportados pelos glóbulos vermelhos e os anticorpos existem no soro ou plasma. Com a descoberta destes vários grupos sanguíneos pode-se tirar dois tipos de informações.

Informação médica - transfusões

Refere-se a conhecimentos sobre a compatibilidade em transfusões de sangue. Na transfusão deve-se considerar os aspectos: a diluição do soro recebido e a circulação ativa do paciente. Assim, nas transfusões deve-se preocupar com a existência de anticorpos no receptor, pois os anticorpos do doador, em geral, tem seu efeito atenuado em razão da diluição e da circulação ativa do sangue do paciente. As seguintes transfusões de sangue são possíveis, além da doação dentro do mesmo grupo:
Doador
Receptor A
Receptor B
Receptor AB
Receptor O
A
Sim
Não
Sim
Não
B
Não
Sim
Sim
Não
AB
Não
Não
Sim
Não
O
Sim
Sim
Sim
Sim
Constata-se que o grupo sanguíneo O, por doar sangue para os demais grupos sem reação de incompatibilidade, é denominado doador universal e o AB, por receber sangue dos demais grupos, é denominado receptor universal.

Informação genética

A herança do grupo sanguíneo ABO pode ser explicada através de uma série de três alelos onde o alelo IA é responsável pela presença do antígeno A e anticorpo B, o alelo IB é responsável pela presença do antígeno B e anticorpo A e o alelo i é responsável pela ausência dos dois antígenos e presença dos dois tipos de anticorpos. Desta forma, tem-se o seguinte quadro de genótipos e fenótipos.
Grupo Sanguíneo
Genótipo
A
IAIA IAi
B
IBIB IBi
AB
IAIB
O
ii
Trata-se de uma série de alelos múltiplos pois estão envolvidos três alelos. Entre estes alelos há relação de dominância completa (entre IA e i e entre IB e i) e de codominância (entre IA e IB).

FATOR Rh

Descoberta

O fator Rh foi descoberto em 1940 por Landesteiner e A.S. Wiene em experimentos realizados com coelhos e macacos. Nos experimentos foi injetado sangue de um macaco do gênero Rhesus em cobaias, onde se obteve como resposta a formação de anticorpos capazes de aglutinar as hemácias provenientes do macaco.

Herança do fator Rh na população humana
Uma vez extraído os anticorpos das cobaias, eles foram testados na população humana. Nestes testes, foi verificado que parte da população humana apresentava reação de aglutinação enquanto que outra mostrava-se insensível. Os indivíduos que apresentavam reação de aglutinação com anticorpos foram denominados pertencentes ao grupo Rh+, os demais, que não apresentavam aglutinação, pertenciam ao grupo Rh-.

Em estudos genéticos ficou comprovado que a herança do fator Rh é monogênica, sendo a presença do antígeno Rh condicionada a um alelo dominante (R) e a ausência pelo alelo recessivo (r). O anti-Rh não ocorre naturalmente na população humana.
Grupo
Genótipo
Antígeno Rh
Anti-Rh
RH+
RR ou Rr
Presente
Ausente
RH-
rr
Ausente
Ausente (*)
(*) Presente após ser sensibilizado em uma transfusão em que o sangue recebido é de RH+.

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