Rondônia | Aspectos Gerais do Estado de Rondônia
A capital, Porto Velho, nasce a partir de núcleos populacionais que se formam em torno das instalações da Ferrovia Madeira–Mamoré, um megaprojeto idealizado por norte-americanos e ingleses, que começa a ser construído em 1907. Concluída em 1912 e várias vezes paralisada, a ferrovia é desativada definitivamente em 1972. Apenas um trecho de 7 km continua em funcionamento para atender o turismo.
Até a década de 60, a economia se resume basicamente à extração de borracha e castanha-do-pará. A abertura de estradas em comunicação com o Centro e o Sul do país favorece a produção agropecuária e a indústria madeireira. Nessa época, a descoberta de ouro e cassiterita leva Rondônia a viver um grande crescimento populacional e colabora para uma série de problemas sociais, como os conflitos pela posse terra, que muitas vezes envolvem grupos indígenas.
A criação do estado do Acre, em 1903, a construção da Ferrovia Madeira–Mamoré e a ligação telegráfica estabelecida por Cândido Rondon, nessa mesma época, representaram um novo impulso à colonização. Em 1943, é constituído o Território Federal de Guaporé, com capital em Porto Velho, mediante o desmembramento de áreas pertencentes aos estados do Mato Grosso e Amazonas. A intenção é apoiar mais diretamente a ocupação e o desenvolvimento da região, que em 1956 passa a se chamar Território de Rondônia. O desenvolvimento acelerado só ocorre, de fato, a partir das décadas de 60 e 70, quando a política de incentivos fiscais e os grandes investimentos do governo federal estimulam a migração. Além disso, o acesso fácil à terra boa e barata atrai grandes empresários interessados em investir na agropecuária e na extração madeireira. Como conseqüência do desenvolvimento, a população cresce quase oito vezes em duas décadas, de 70 mil para 500 mil pessoas entre 1960 e 1980.
Depois da euforia – Em 1981, Rondônia ganha a condição de estado. A euforia econômica ainda atrai muita gente – em 1990, a população ultrapassa 1,1 milhão de habitantes –, mas os sinais de declínio são evidentes. Com uma economia ainda limitada à agropecuária e ao extrativismo vegetal e mineral, o estado se ressente da falta de infra-estrutura urbana. Há sérios problemas de corrupção político-administrativa e de violência dos grandes proprietários contra colonos e posseiros. As reservas florestais e o solo são ameaçados pela exploração predatória em larga escala. O Distrito Industrial planejado para a capital ainda está em fase de implantação. Apesar do crescimento demográfico, a pressão da urbanização é baixa, com 45% da população do estado ainda no campo.
www.megatimes.com.br
www.geografiatotal.com.br
www.klimanaturali.org